A cobertura de imprensa sobre o ransomware tem construído um tipo de reconhecimento da marca que chega a causar inveja a muitos fornecedores legítimos de TI. O próprio sucesso do ransomware dificultou a diferenciação entre as variantes – que mudam desde a maneira como infectam e o que criptografam, ao modo como cobram o resgate.
Apesar de todas as variações, os ransomwares têm uma característica em comum: tornaram-se algo extremamente lucrativo para os criminosos.
Por exemplo, tem sido reportado que o Locky (que criptografa dados em drives locais e compartilhamentos de rede não mapeados) está infiltrando 90.000 sistemas por dia e pedindo cerca de 400 dólares por resgate. Se considerarmos, por exemplo, que 25% das vítimas pagam o valor pedido, os autores do Locky fariam, em teoria, quase 10 milhões de dólares por dia!
Além disso, pesquisas de segurança têm apontado que os responsáveis pelos ataques de ransomware identificam o usuário para determinar se podem exigir um resgate maior.
Há algumas medidas que sua empresa pode tomar para prevenção. A primeira delas é manter backups recentes dos seus dados. Com eles, o que foi criptografado acaba não tendo valor.
Além disso, aprender mais sobre o User Behavior Analytics pode detectar o dia zero do ataque ransomware. O especialista em segurança e fundador da Bleeping Computer, Lawrence Abrams escreveu em um post recente que a “detecção de comportamentos está se tornando a melhor maneira de identificar e parar o ransomware, pois detecções de assinaturas são facilmente contornadas”.
Conheça alguns novos tipos de ransomware:
Samas: criptografa toda a rede de uma organização. Começa com um ataque teste no seu servidor e busca redes com potencial de vulnerabilidade para explorar.
Cerber: uma espécie de “ransomware-as-a-service” que criptografa uma enorme quantidade de tipos de arquivos. Pesquisadores não têm certeza de como ele está sendo distribuído, mas é oferecido como um ransomware-as-a-service. Afiliados podem distribuir o ransomware, ganhando comissão dos autores do Cerber por cada pagamento de resgate.
Surprise: infecta usuários que tenham TeamViewer v10.0.47484. Ele entra por meio do TeamViewer, uma plataforma com mais de 1 bilhão de usuários que usam este software para acessar remotamente o computador, permitindo que os clientes obtenham suporte técnico, marquem reuniões e interajam com parceiros.
Assim como no ransom 32, o usuário recebe uma prova de um arquivo que pode ser descriptografado gratuitamente. Assim, o responsável pelo ataque mostra para a vítima que, após o pagamento do resgate, os arquivos podem ser descriptografados.